"Educai as crianças e não será necessário punir os adultos." - Pitágoras.

"A imaginação é mais importante que o conhecimento." - Einstein.

"Só sei que nada sei." - Sócrates.

domingo, 31 de outubro de 2010

Homila para a Bênção dos Animais

Esse texto, escrito pela minha amiga Josi, é uma homila para a bênção dos animais; cerimônia que foi realizada no dia 9 de noembro, em homenagem aos animais e a São Francisco. Aproveitem! =D



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DIOCESE ANGLICANA DO RIO DE JANEIRO

COMEMORAÇÃO DO DIA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS E DO DIA MUNDIAL DOS ANIMAIS (04/10)

HOMILIA PARA A BENÇÃO DOS ANIMAIS – 09/10/10

Provérbios 12.10

“Os bons cuidam bem dos seus animais, porém o coração dos maus é cruel.”

Nunca antes se falou tanto em bem-estar dos animais, preservação do meio ambiente, sustentabilidade e assuntos afins, como temos visto nestes últimos tempos.

A preocupação de alguns setores da sociedade é justificável, pois as previsões para um futuro bem próximo não são das melhores. Segundo pesquisas amplamente divulgadas pelos meios de comunicação em geral, nos próximos 50 anos teremos sérios problemas em relação à quantidade de água potável disponível para todos os habitantes do nosso planeta, o que já é uma realidade em algumas localidades. Por causa do “instinto” predatório do ser humano, muitos animais já se extinguiram e outros encontram-se em processo acelerado de extinção. Muitas florestas já desapareceram e outras tantas estão desaparecendo, lenta ou aceleradamente. Devido à especulação imobiliária, muitos campos, bosques, parques, manguezais, desapareceram sem que se pensasse em um outro local para que as espécies nativas pudessem viver.

Por estarmos chegando bem perto do ponto sem retorno, algumas autoridades e pessoas em geral, influentes ou não, tem tentado alertar aos demais sobre a destruição que temos promovido em nosso Planeta. Estamos matando a Terra! Somos semelhantes aos vírus, que destroem seu hospedeiro.

Isto posto, alguém poderá perguntar: “mas o que eu faço de tão mau assim? Quem tem que se preocupar com isso são as autoridades!” E a resposta não é nada agradável: somos assassinos do nosso Planeta quando jogamos lixo na rua, de um “simples papelzinho de bala”, passando por papéis maiores, sacos plásticos, até cocos e latas de refrigerantes! É um absurdo vermos que há pessoas que se desfazem dos seus móveis colocando-os nas calçadas ou mesmo jogando-os nos rios! Isso é um absurdo. Uma babárie!

Somos assassinos do nosso Planeta quando não castramos nossos cães e gatos de estimação, deixando-os darem crias descontroladas e descartando os filhotes nas praças, rios, etc. Deixar nos portões dos protetores independentes ou os abrigos, também não é a solução, pois todos estão com sua capacidade esgotada e não é para isso que existem. A responsabilidade por nossos animais é nossa e não dos outros. Há campanhas de castração promovidas pelas prefeituras, por sociedades protetoras e por veterinários solidários. Só não castra seus animais quem não quer e prefere empurrar seus problemas para os outros! Não são os animais seres vivos criados por Deus? Sim, eles são e cada um de nós dará conta de todos os maus-tratos que praticarmos contra eles. É a Lei da Semeadura: tudo o que semearmos, isso colheremos (Gl 6.7).

Caros leitores: desejo que cada um(a) de vocês tenha consciência do privilégio que é sermos guardadores, cuidadores, mordomos da criação de Deus. Mas não é só privilégio, é também responsabilidade, pois esses nossos irmãos precisam de nós para terem uma vida digna, como também precisam do nosso carinho, amor, atenção. No caso dos cães e dos gatos, nossos antepassados os domesticaram e os fizeram dependentes de nós. Hoje, eles não têm mais o seu habitat natural. Precisam dos nossos cuidados. É um grande engano pensar que eles “se viram” sozinhos. Nas ruas, sem lar, sem proteção, eles estão sujeitos às situações mais cruéis: fome, frio, doenças, maus-tratos, atropelamentos, envenenamento... Animais de estimação não devem ter acesso às ruas. Os animais “de rua” também são dignos de um lar e de bons-tratos; os animais silvestres precisam viver livres, junto à Mãe Natureza! Os animais, as árvores, todos os seres vivos, são dignos de respeito, pois eles têm sentimentos. Todos nós gostamos de ser bem tratados, certo? Eles também.

O texto que usamos como base para essa meditação, diz que as pessoas boas cuidam bem dos seus animais, mas o coração das pessoas más, é cruel. Ou seja, por mais gentil que possa ser, quem maltrata os animais, não é uma pessoa boa em sua totalidade, seu coração é cruel, precisa despertar para esse fato. Desculpe-me a sinceridade, mas alguém precisa dizer essas coisas. Ser um “bom cristão”, é também zelar pela Natureza e pelos animais!

E não adianta pensarmos apenas nos nossos próprios animais: precisamos pensar no bem-estar de todos. Ajudar no que for possível. Não pensemos que os abrigos, são o paraíso, pois não são. Eles fazem o que podem para minimizar a dor e o sofrimento daqueles que foram vítimas da maldade humana, mas estão superlotados. Viste um deles e você verá os olhinhos tristes dos abrigados; olhinhos tristes daqueles que um dia foram traídos por aqueles a quem devotaram todo o seu amor e confiança; olhinhos tristes daqueles que foram covardemente vitimados pela irracionalidade e brutalidade daqueles que se dizem “racionais”. As instituições,os grupos de proteção e os protetores independentes, precisam da nossa ajuda! O pouco que fizermos, será de muita valia para os bichinhos e para quem cuida deles. Plantemos árvores, flores, verduras, legumes, tudo o que pudermos. Cuidemos da natureza. Preservemos.

Lembremo-nos de uma grande verdade: nós precisamos da natureza para sobreviver, mas ela não precisa de nós. Aliás, a natureza, sem a nossa presença, viveria muito melhor.

Peçamos a Deus que Ele nos ajude a sermos pessoas boas, para cuidarmos bem tanto dos animais, como de toda a Sua criação.

Revda. Jocinéa Saldanha Perpetuo

Rede Anglicana do Bem-Estar Animal

domingo, 17 de outubro de 2010

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Um pouco sobre o elemento Carbono

Carbono como diamante.
Carbono

Conhecido pelo homem pré-histórico sob as formas de carvão vegetal e negro-de-fumo (material empregado em pinturas de cavernas), o carbono se apresenta também em dois estados elementares cristalinos: como diamante, sua forma mais preciosa, e como grafita, empregada desde a antiguidade na fabricação de lápis. A maior importância do carbono, no entanto, vem do fato de toda matéria viva ser formada de combinações desse elemento.

Carbono é um elemento não-metálico, pertencente ao grupo

IVa do sistema periódico, cujo símbolo químico é C e o número atômico, 6.

Caracteriza-se por apresentar diferentes estados alotrópicos e participar de todas as substâncias orgânicas. Além das formas cristalinas – diamante e grafita – os carbonos fósseis de vegetais constituem outra forma de carbono elementar que aparece na natureza, mesclado com outros elementos. Nesses casos, a proporção de carbono pode chegar à cerca de noventa por cento, como no antracito, o carvão fóssil de origem mais antiga. Os compostos minerais de carbono, como o calcário (carbonato de cálcio) e a magnesita (carbonato de magnésio), constituem cerca de 0,2% da crosta terrestre.

O petróleo e o gás natural são misturas de hidrocarbonetos – compostos orgânicos constituídos de carbono e hidrogênio – e formam grandes bolsas em alguns pontos do subsolo. Sua origem são os restos vegetais e animais de épocas geológicas remotas, que ficaram recobertos por estratos durante a evolução da crosta terrestre.

Propriedades físicas e químicas:

O diamante, incolor e transparente em estado puro, é o corpo natural mais duro que se conhece. Possui densidade de 3,5g/ml, elevado índice de refração e não conduz eletricidade. A grafita, negra e untuosa ao tato, apresenta uma estrutura em finas lâminas que se cristalizam segundo o sistema hexagonal (um dos sete modelos possíveis de formação de cristais), diferentemente do diamante, que se cristaliza no sistema cúbico. Além disso, a grafita é boa condutora de calor e de eletricidade. As variedades amorfas de carbono são de cor negra intensa e não condutoras.

As duas características químicas fundamentais do elemento são a tetravalência, em virtude da qual cada um de seus átomos pode unir-se com outros quatro, e sua capacidade de estabelecer ligações covalentes – de elétrons partilhados – entre os próprios átomos de carbono. Em conseqüência dessas propriedades, o número de compostos do carbono é vinte vezes superior ao das combinações que não contêm esse elemento.

Compostos orgânicos:

A maior parte dos compostos de carbono conhecidos são substâncias orgânicas, isto é, compostos de carbono e hidrogênio, este chamado elemento organizador. Na verdade, a criação dessa disciplina, separada da química inorgânica, é anterior a 1828, ano em que o alemão Friedrich Wöhler sintetizou a uréia em laboratório, derrubando a convicção de que as substâncias orgânicas só podem ser produzidas por organismos vivos.

Os compostos orgânicos e inorgânicos distinguem-se por suas propriedades, como a solubilidade e a estabilidade e, sobretudo, pelo caráter das reações químicas de que participam. Os processos reativos dos compostos inorgânicos são iônicos, praticamente instantâneos e simples. Nos compostos orgânicos esses processos são não-iônicos, lentos e complexos. Entende-se por reação iônica aquela em que intervêm átomos ou agregados atômicos com carga elétrica, seja positiva ou negativa.

As substâncias orgânicas contêm poucos elementos, em geral de dois a cinco. Além de carbono e hidrogênio, integram os compostos orgânicos o oxigênio, o nitrogênio, os halogênios, o enxofre e o fósforo. Outros elementos menos abundantes também fazem parte dos compostos orgânicos naturais ou preparados em laboratório.

Compostos inorgânicos:

Além dos mencionados compostos orgânicos, o carbono forma também compostos inorgânicos, entre os quais se destacam, por suas aplicações, o sulfeto de carbono (CS2), empregado como matéria-prima na indústria têxtil para obtenção de fibras sintéticas; o carbeto de cálcio (CaC2), primeiro elo de numerosos processos de síntese na indústria química; e o carboneto de silício (CSi), quase tão duro como o diamante, que faz parte dos componentes das pedras de afiar e esmeris utilizados para trabalhar metais.

Os óxidos de carbono mais importantes são o monóxido de carbono (CO) e o dióxido de carbono, ou gás carbônico (CO2). O primeiro, que resulta da combustão de carbono ou compostos orgânicos carbonados, é um gás tóxico. O dióxido de carbono participa da composição da atmosfera e encontra-se também nos mananciais de águas gasosas.

Outro grupo de combinações carbonadas é constituído pelos sais de ácido carbônico, os carbonatos e os bicarbonatos, de grande solubilidade. Esses compostos se liquefazem à temperatura ambiente e conservam-se em estado líquido. Formam o chamado gelo seco (anidrido carbônico sólido), material utilizado em refrigeração e conservação, assim como no transporte de frutas.

Ciclo do carbono na natureza:

Os ciclos do carbono e do oxigênio na natureza são processos fundamentais na transformação constante das substâncias orgânicas que constituem a biosfera, ou seja, o ambiente em que se desenvolvem os fenômenos biológicos. Na primeira etapa do ciclo, a fotossíntese, as partes verdes das plantas absorvem o dióxido de carbono atmosférico e o fazem reagir com a água. Para isso, servem-se da luz solar e da presença de clorofila. Formam-se assim compostos de carbono complexos, que vão constituir a própria estrutura dos vegetais, com liberação de oxigênio. Esse gás, que passa ao ar, é utilizado na respiração de bactérias e animais, em que se registra o processo inverso – captação de oxigênio e desprendimento de dióxido de carbono – com o que se encerra o ciclo. O ciclo do carbono, com seus elementos de transformação – vegetação em geral – é extremamente importante porque, graças a ele, assegura-se a continuidade do equilíbrio ecológico vital. Tanto é assim que o dióxido de carbono presente na atmosfera de todo o globo se esgotaria em apenas 25 anos se não fosse recomposto pelos processos de respiração bacteriana e animal, que mantêm seus índices em níveis constantes e, em conseqüência, preservam as condições básicas para a vida na Terra.

Aplicações:

Os diamantes, sejam pedras incolores ou de matizes especiais, rosado, azul ou verde, são apreciados em joalheria. Se imperfeitos, como as pedras cinzentas ou negras, se empregam para lapidar ou polir outras pedras finas. Já a grafita é empregada para fabricar lápis, cadinhos e eletrodos, e também em galvanoplastia, procedimento eletroquímico para obtenção de objetos metálicos ocos.

Utilizam-se os diversos tipos de carvão como combustíveis e em centrais térmicas. A hulha betuminosa é fonte de produtos químicos, como amoníaco, fenol, benzeno e alcatrão, importantes matérias-primas no fabrico de corantes, plásticos e explosivos. O carvão vegetal, produto poroso obtido da destilação seca da madeira, além de combustível é também absorvente, e por isso muito utilizado em refinarias de açúcar e em máscaras contra gases, cujo filtro de carvão vegetal retém os gases tóxicos. O poder absorvente é menor no carvão animal ou carvão de ossos. A variedade de carvão conhecida como negro-de-fumo, que se obtém na combustão de gás natural, petróleo, alcatrão ou óleo, com quantidades limitadas de ar, é uma das variedades mais puras de carbono amorfo, já que contém cerca de 98,6% do elemento. Utiliza-se no fabrico de tinta de impressão, graxas e esmaltes negros.

O carbono tem também aplicação fundamental na siderurgia. Nas fundições é empregado em forma de coque, produto da combustão limitada de hulha, ou de carvão vegetal, como redutor na obtenção de ferro no alto-forno. Assim, o aço é ferro que contém proporções variáveis de carbono, capaz de endurecer ao resfriar-se rapidamente pelo processo conhecido como têmpera. Eliminam-se primeiro o excesso de carbono e outras impurezas do ferro de fundição, para depois acrescentar a proporção desejada de carbono e outros elementos.

Outra interessante utilização do carbono é a datação em geologia ou arqueologia. O átomo cujo núcleo tem seis prótons e seis nêutrons é conhecido como carbono 12. Na atmosfera terrestre encontra-se também o carbono 14, isótopo radiativo do carbono, cujo núcleo tem dois nêutrons a mais. O carbono 14 origina-se da ação da radioatividade cósmica. Como os seres vivos assimilam os elementos da atmosfera, contêm em seu organismo, enquanto vivem, uma proporção de carbono 14 igual à da atmosfera. Ao morrerem, deixam de trocar matéria com o meio e o carbono 14 começa a se desintegrar em seus restos, transformando-se em seu isótopo comum. Desse modo, ao fim de 5.600 anos, a proporção de carbono 14 fica reduzida à metade. Determinado o conteúdo de carbono 14 de um fóssil, pode-se calcular com relativa precisão de que época ele data. Esse método, porém, não é aplicável a antiguidades superiores a 25.000 anos, tempo de desintegração total do carbono 14.

As principais jazidas de diamantes encontram-se na África do Sul, Brasil, Venezuela e Índia. A grafita é mais dispersa: os maiores depósitos acham-se na Coréia, Alemanha, México, Áustria, República Tcheca, Sri Lanka e Madagascar. Quanto às bacias carboníferas, estão distribuídas desigualmente no mundo inteiro.

Propriedades físicas e químicas do carbono:

 

Número atômico:

6

Peso atômico:

12,011

Ponto de fusão:

3.550º C

Ponto de ebulição:

4.287º C

Densidade:

 

grafita:

3,52g/ml

carbono:

2,25g/ml

Estados de oxidação:

+2, +3, +4

Configuração eletrônica:

2-4 ou 1s22s22p2


Fonte: http://www.tabelaperiodica.hd1.com.br/c.htm